A cidade é um corpo
Na sua enorme vastidão
Fios eletricos e telefonicos
Pulsam nevralgicamente
O calçamento da rua
Estoura pus em cada corte
O beco intestinal
Aloja o verme da violência
Choca ovos da miséria
E bácilos de vernaculos
paridos no germe do poder
Digerem os livres pensadores
Como o cancer de promessas
Vãs e falsas
Vitimas leucêmicas
Dos pregões cotidianos
Hemacias enlouquecidas
Circulam em quatro rodas
Nos viadutos e estradas
De epiderme recapiada
O humano transformado em lixo
Lixo triturado na fome
Mastigado na sede
Vomitado nas fezes
Abandonado nos bueiros
E a doença infesta o corpo
Com cassetetes na mão
Impondo uma ordem febril
Cancer que mata o coração
A cidade é um corpo
Dividido na sua vastidão
Entre o santo e o heregeNa vida pulsante
Urbana Humana
domingo, 22 de agosto de 2010
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Diante disso tudo...acho que ainda respiro!!
ResponderExcluirGrande abraço coroné!!